A medida é uma boa notícia para os dispensacionalistas, e líderes evangélicos brasileiros também expressaram sua aprovação. Grande parte dos evangélicos americanos abraça o dispensacionalismo, “que aposta todas as fichas escatológicas no literalismo exagerado e rejeita em grande parte os símbolos.(…) Fazendo uma grande distinção entre Israel e a igreja, os dispensacionalistas dividem a história do povo de Deus em três a 12 dispensações (ou períodos), dependendo do intérprete. Literalizando as profecias do Antigo Testamento, acreditam que a nação israelita cumprirá as profecias do fim dos tempos. Por isso, há uma aliança informal entre os cristãos evangélicos conservadores dos Estados Unidos e Israel.” Revista Adventista, agosto de 2016, p. 15.
“Os evangélicos estão em êxtase. Então imagine como deve estar em êxtase o originador dessas falsas profecias e que finalmente vai simular uma falsa vinda de Cristo…” Michelson Borges
Segundo Walter Veith, o dispensacionalismo foi criado por jesuítas e faz com que as pessoas busquem o anticristo e o armagedom no Oriente Médio. Também prepara os judeus para o falso messias.
O que diz a Bíblia?
Segundo o Novo Testamento, a igreja, constituída de judeus e gentios (Rm 9:24), é o novo Israel. Deus sabe a que tribo cada membro pertence. A dedicatória da epístola de Tiago é verdade quanto a todo o Novo Testamento; ele a dedicou às doze tribos que se acham dispersas (1:1), as quais permanecerão assim até que o Senhor retorne e envie “os Seus anjos” para reunir “os Seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” (Mt 24:31). Aí, e só aí, será Israel plenamente restaurado (Rm 11:25,26). Acerca dos judeus é dito que a ira “sobreveio contra eles, definitivamente” (grego eis télos, “até o fim” – 1Ts 2:15,16). Revista Adventista, dezembro 2007, p. 5 Digo isso com referência aos judeus como nação, não como indivíduos. Eu mesmo tenho ascendência judaica por parte de pai e mãe.
Perceba também que o cenário de evangélicos influenciarem o governo americano a tomar medidas com implicações religiosas é o mesmo em que a legislação dominical será erigida. E foi também a forma em que Jesus foi condenado: os líderes religiosos incitaram o povão, este convenceu o poder civil. “A fim de se fazerem populares e conquistarem a simpatia do povo, os legisladores hão de ceder ao desejo deste, de obter leis dominicais” EF 132.4 “As nações estrangeiras seguirão o exemplo dos Estados Unidos. Posto que ela seja a líder, a mesma crise atingirá todo o nosso povo em toda parte do mundo.” — Testemunhos Seletos 3:46. {EF 135.3}
“Diante disso, perguntamos: Se Donald Trump assumiu o extremo risco e a coragem de uma medida como declarar Jerusalém a capital de Israel, que mais estará ele disposto a fazer para agradar às pretensões religiosas do principal grupo que contribuiu para colocá-lo na presidência?” Felipe Reis, de Portugal
Fontes:
http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,trump-reconhece-jerusalem-como-a-capital-de-israel-e-transfere-embaixada,70002110364
Vídeo do Forerunner sobre isso: Is Trump fulfilling prophecy in Israel?
https://en.wikipedia.org/wiki/Dispensationalism#United_States_of_America
Texto na íntegra que Trump assinou (imagem acima com vice Pence) https://www.timesofisrael.com/text-of-trumps-official-proclamation-of-jerusalem-as-capital-of-israel/