Artigo de Hygor Lourenço Martins da Silva
A Igreja Adventista do Sétimo Dia, fora levantada por Deus com uma missão especial:
De uma forma especial, os adventistas do sétimo dia foram postos no mundo como vigias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo que está morrendo. (…) Foram incumbidos de uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas.
T9, 19.
Como referido no último capítulo, na Conferência Geral de 1888, Deus concedera ao Seu povo a ”terceira mensagem angélica, em linhas claras e distintas” (TM 93) através dos pregadores Wagggoner e Jones. Esta preciosa mensagem, traz consigo o ”derramamento do Espírito Santo em grande medida” (TM 92), e é tão necessária hoje para a Igreja e o mundo como o era então. Como já também mencionado anteriormente, é a mensagem que produzirá a finalização da obra de Deus na Terra e que preparará um povo para o estar de pé no grande e terrível Dia do Senhor. ”Esta é a mensagem que Deus ordenou que fosse dada ao mundo” (TM 91). Mas eis a pergunta: qual é esta mensagem?
A Mensagem Central
Um conhecido texto de Ellen White que define claramente a Justificação pela fé de 1888 é aquele que está em Testemunhos para Ministros:
Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos Pastores Waggoner e Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. TM 91.
Como demonstrado, esta mensagem coloca Jesus no centro, como um perfeito substituto do homem perante o Pai, possibilitando assim o completo perdão daquele que a Ele se achega em confiança. Não obstante, diferindo do evangelho dos outros cristãos, essa Justificação pela Fé não separa a obra perdoadora de Cristo com a obra de transformação. A justiça que Jesus oferece para todo aquele que possui fé nEle, o livra da condenação e também daquilo que o condena, isto é, liberta o miserável pecador da escravidão do pecado. Não são duas coisas separadas, mas um todo perfeito e harmonioso. Uma libertação completa! Uma bendita promessa para aquele que se apega a Palavra de Deus com a confiança de uma criança, buscando renovação de vida.
Essa mensagem é parte essencial da plataforma da verdade concedida a Igreja Adventista. Ao entender que pecado é transgressão da Lei (1 Jo 3:4) e que a Justiça de Deus é dada para completa libertação de qualquer pecado ou defeito de caráter (Rm 6:14 / Jo8:34, 36), logo, entendemos que essa Justiça é o poder oferecido pelo Grande Eu Sou, para que consigamos obedecer completamente a elevada norma que Ele espera dos que O professam seguir.
Após a decepção de 1844, Jeová concedera ao Seu povo a luz sobre a exigência de Seus mandamentos, com ênfase no quarto, o repouso sabático. Mas a nossa completa incapacidade para cumprir os reclamos de Deus por conta própria, foram destacados de forma mais notória, na mensagem de Waggoner e Jones. A Luz de Mineápolis revelara ao homem o único meio para guardar plenamente a Norma Celeste: a Justiça do amado Salvador. Eis o poder para Salvação (Rm 1:16)! Eis o meio para chegar à perfeição de caráter!
Quando pecadores penitentes, contritos diante de Deus, discernem a expiação de Cristo em seu favor, e Lhe aceitam a expiação como sua única esperança para esta vida e a futura, seus pecados são perdoados. Isso é justificação pela fé. Cada pessoa crente deve harmonizar inteiramente a sua vontade com a vontade de Deus, e conservar-se num estado de arrependimento e contrição, exercendo fé nos méritos expiatórios do Redentor, e avançando de força em força, de glória em glória. (…) Assim, o homem, perdoado e revestido com as belas vestes da justiça de Cristo apresenta-se irrepreensível diante de Deus (Materiais 1888 2, 576).
A expiação de Cristo não é uma forma simples e eficaz de perdoar nossos pecados; é um remédio divino para a cura das transgressões e para a restauração da saúde espiritual. É o meio ordenado pelo Céu pelos quais a justiça de Cristo pode estar não somente sobre nós, mas também em nossos corações e em nosso caráter (Ca 406, 1906).
Assim, mais do que nunca, Cristo torna-se a única esperança de salvação e de paz com Deus; mais do que nunca, a completa entrega de nossas vontades e desejos se faz necessário; mais do que nunca, a importância da completa crucifixão de nós mesmo é evidenciada; mais do nunca, simples e completa confiança em Deus e em Sua Palavra é requerida…
Quem não tem suficiente fé em Cristo para crer que Ele pode livrá-lo de pecar, não tem a fé que lhe dará entrada no reino de Deus. ME3 360.4.
Seria possível Deus nos livrar de pecar? Sim, é possível pois Ele diz: ”Ora, àquele que é poderoso para impedir-vos de cair, e para apresentar-vos sem defeito, diante da presença de sua glória, com abundante alegria” (Jd 24). Não obstante, essa possibilidade só é possível para aquele que crê (Mt 9:23).
E ainda temos para nós um maravilhoso exemplo: Jesus, pois vindo em ”semelhança de carne pecaminosa” (Rm 8: 3), se tornou um perfeito exemplo; e por conseguinte, um perfeito Sumo Sacerdote, pois ”em todos os pontos foi tentado, assim como nós, porém sem pecado” (Hb 4:15) e por isso, ”naquilo que ele mesmo sofreu sendo tentado, ele pode socorrer aos que são tentados” (Hb 2:18). Assim, eis o convite de Deus para a raça a humana: ”Ele foi, em natureza humana, exatamente aquilo que podemos ser” (Letter 106, 1896).
Outra pergunta se faz então pertinente: Qual a relação desta preciosa mensagem com o conteúdo do presente livro? Por que corremos o perigo novamente, assim como em 1888, de rejeitar luz que Deus deseja transmitir?
Riqueza Legalista Contra a Lei
Segundo o que aprendemos da verdadeira Justificação pela Fé, a Lei e o Evangelho não podem de forma alguma ser separadas. Eis o Testemunho da serva do Senhor:
A lei e o evangelho estão tão entrelaçados que a verdade não pode ser apresentada como ela é em Jesus, sem misturar estes assuntos em perfeito acordo. A lei é o evangelho de Cristo velado; o evangelho de Jesus não é mais nem menos do que a lei definida, mostrando seus princípios de longo alcance. 1888 Materials 674.2.
A mensagem do terceiro anjo exalta tanto o evangelho quanto a lei: ”aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.” (Ap 14:12). A Lei de Deus é a Norma a ser alcançada; o evangelho é o meio pelo qual este objetivo se concretiza. Desta forma, o Apocalipse, ao descrever como característica dos santos a obediência a Lei, lança luz sobre o Êxodo, onde a Norma foi escrita. Por conseguinte, demonstra a imutabilidade e plena harmonia do propósito de Deus para com o Seu povo, do início ao fim do grande conflito.
Não obstante, embora os adventistas tenham recebido a mensagem do sábado e da Lei desde o início de sua carreira, muitos de nós temos sofrido hoje com a maligna doença Laodiceana: exatamente o que impediu os israelitas de entrar no repouso.
Ao dar a Lei, estupendas cenas de grandiosidade terrível e maravilhosa ao mesmo tempo, foi contemplada pelos hebreus. Qual o propósito disto?
Deus associou a proclamação de Sua lei com manifestações de Seu poder e glória, para que o povo ficasse imbuído de profunda veneração pelo Autor da lei, o Criador do Céu e da Terra. Queria também mostrar a todos os homens a santidade, a importância e a estabilidade de Sua lei. FEC, 506.6.
Infelizmente aquele povo de dura cerviz ainda assim não se compenetraram da grandeza e a santidade que ”Eu Sou” esperava deles:
O povo não compreendia a pecaminosidade de seus corações, e que sem Cristo lhes era impossível guardar a lei de Deus; e prontamente entraram em concerto com Deus. Entendendo que eram capazes de estabelecer sua própria justiça, declararam: “Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos”. Êxodo 24:7. Haviam testemunhado a proclamação da lei, com terrível majestade, e tremeram aterrorizados diante do monte; e no entanto, apenas algumas semanas se passaram antes que violassem seu concerto com Deus e se curvassem para adorar uma imagem esculpida. PP 267.2.
Essa história bem nos serve atualmente como enfatiza o apóstolo Paulo: ”(…) todas estas coisas lhes aconteceram como exemplos, e elas estão escritas para nossa admoestação, sobre quem os fins dos séculos está chegando” (1Co 10:11). Entender os erros deste povo no passado é essencial para não cairmos hoje.
Seu erro fora confiar na própria justiça, ou seja, pela própria força cumprir os reclamos do céu. Isto é o produto de uma falsa compreensão da Norma exigida por Deus. Não compreenderam a perfeição absoluta que estava sendo requerida deles. O mesmo caso é encontrado com o jovem rico. Quando Jesus expõe àquele jovem a condição de vida eterna, presunçosamente responde: ”Tudo isso tenho guardado desde a minha juventude” (Mt 19:20). Sua conduta, porém, condenava esta declaração. Qual fora a sua falha?
A sua compreensão da lei era externa e superficial. Julgado segundo o padrão do humano, preservara caráter irrepreensível. Em grande parte a sua vida exterior fora isenta de culpa; acreditara realmente que sua obediência fora sem falha. Contudo tinha um receio íntimo de que nem tudo estava bem entre o seu coração e Deus. PJ 213.2 (ênfase acrescentada).
Infelizmente, o erro em compreender a abrangência da lei, o levou a rejeitar a Cristo e a se apegar em sua própria justiça – isto é, em desconsideração a mensagem divina, resolveu ficar com sua obediência falha, provinda de uma compreensão superficial dos mandamentos. Por isso o relato termina: ”Mas o homem jovem, ouvindo essa palavra, foi embora triste, porque ele tinha muitas posses” (Mt 19:22).
Alguém pode perguntar o que tem isso a ver conosco. Em seguida do ocorrido, Jesus diz aos discípulos: ”Na verdade eu vos digo que um rico dificilmente entrará no reino do céu.” (Mt 19:23). Em palavras claras, o Mestre demonstra a dificuldade em se render à Justiça de Seu Reino enquanto há riqueza – não somente a financeira, mas principalmente aquela que é do espírito. Lembremo-nos o terrível estado que nos encontramos:
Porque tu dizes: Eu sou rico, e cheio de bens, não tenho necessidade de nada; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego e nu. Ap 3:17
Estando assim, tem o evangelho alguma entrada?
O evangelho deve ser pregado ao pobre. Não ao espiritualmente orgulhoso, o que pretende ser rico e de nada necessitar, é ele revelado, mas aos humildes e contritos. DTN 205.2.
Percebemos assim, que a história, tanto do jovem rico quanto do antigo Israel, é nossa história hoje. Devemos nos recordar que um ponto principal de suas quedas, fora a falta de compreensão da abrangência da Lei de Deus. Isso tem a ver também com não discernir nossa própria pecaminosidade e a Santidade do Autor desta Norma.
Nós, como Adventistas, carregamos de modo subtendido a Lei no nosso próprio nome denominacional, embora corramos o risco de não se aperceber da plenitude dos mandamentos. Pensamos nos dez mandamentos e olhamos como dez requisitos relativamente fáceis de se cumprir. Alguns se esquecem da abrangência destes princípios na transformação interior do caráter; outros, não se atentam a abrangência dos mesmos princípios nas particularidades exteriores da vida, mas que também são igualmente exigidas. Precisamos urgentemente perscrutar a amplitude deste maravilhoso tema.
Além do que veem os olhos
A Lei de Deus pode se resumir em apenas um único princípio: ”o amor é o cumprimento da Lei” (Rm 13:10). Viver uma vida de verdadeiro amor e piedade é cumprir a Lei. Isso é fácil de compreender quando lembramos que a Norma Celeste reflete o caráter de seu Autor, pois “Deus é amor” (1 Jo 4:8). É por isso que toda obra que não possua o amor por motivação, de nada adianta (1Co 13:1-3). Eis o espírito dos Mandamentos; eis o todo da Lei em uma palavra!
Não obstante, assim como quando alguém míope coloca óculos e passa a enxergar mais amplamente do que anteriormente, assim, podemos ver na Palavra que este grande princípio pode ser explanado em dois preceitos: ”Tu amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua mente. (…) E o segundo é semelhante a este: Tu amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22:37, 39). Todo o resumo da Bíblia está contido nestes dois preceitos; por isso afirmou Jesus: ”Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mt 22:40). Este maravilhoso resumo é aquele que perdura desde os dias do Édem: ”E agora, rogo-te, senhora, não como escrevendo um novo mandamento para ti, mas aquele que desde o princípio tivemos: Que nos amemos uns aos outros” (2 Jo 5).
Entretanto, o pecado nos aviltou e a cegueira para com os reclamos de Deus foi aumentada. Algo se fez necessário: ”A lei foi acrescentada por causa das transgressões” (Gl 3:19). Devido ao acúmulo de pecado, necessário foi ao Senhor definir mais claramente o que Ele esperava e ainda espera de Seu povo. Por isso encontramos os dez mandamentos em Êxodo 20. Embora mais detalhado, ainda era a mesma Lei imutável e vigorosa desde o princípio.
Ainda assim, os dez mandamentos não são a expressão máxima do dever de Deus para com o homem, mas sim um resumo – um resumo que não anula qualquer preceito que Deus tenha detalhado noutra parte. Tudo o que Deus fala, torna-se para nós como um mandamento (Jo 12:48-50). Pela fé (Rm 1:17) viveremos de toda a Palavra que sai da boca de Deus (Mt 4:4). Isso quer dizer que toda a Escritura Inspirada, tanto o Velho quanto o Novo Testamento, deve ser considerada para nós como Lei que instrui, corrige e educa na justiça e pureza divina (1Tm 3:16). É se atentando a toda a Escritura Inspirada que Deus nos tornará perfeitos (1 Tm 3:16, 17). E para nós, adventistas do sétimo dia, que recebemos a luz do Espírito de Profecia através de Ellen White (Ap 12:17 / 19:10), também devemos considerar os seus inspirados escritos como acréscimos que ampliam e explicam ainda mais os mesmos antigos reclamos divinos.
Desde o início, quanto mais o ser humano se adentrava nas trevas do pecado, mais necessário fora de Jeová ser mais enfático e claro. Todavia, sempre temos, como um povo, esquecido de alguma parte da Lei que já tenha sido especificada. O exemplo mais claro e importante, atualmente, é o mandamento referente ao sábado – embora não seja o único. A cada apostasia, o Senhor buscara novos meios de esclarecer Suas santas reinvindicações:
Se o homem houvesse guardado a lei de Deus conforme fora dada a Adão depois de sua queda, preservada por Noé e observada por Abraão; não teria havido necessidade de se ordenar a circuncisão. E, se os descendentes de Abraão houvessem guardado o concerto, do qual a circuncisão era um sinal, nunca teriam sido induzidos à idolatria; tampouco lhes teria sido necessário sofrer vida de cativeiro no Egito; teriam conservado na mente a lei de Deus, e não teria havido necessidade de que ela fosse proclamada no Sinai, nem gravada em tábuas de pedra. E, se o povo houvesse praticado os princípios dos Dez Mandamentos, não teria havido necessidade das instruções adicionais dadas a Moisés. PP 261.1
Vivendo numa era onde os pecados se avolumam diariamente, quão cegos podemos estar dos reclamos divinos? Mas glórias a Deus, pois nestes solenes tempos, como mencionado no capítulo anterior, o Senhor reunirá todas as Suas joias. Eis as promessas:
Há gloriosas verdades a serem apresentadas ao povo de Deus. Privilégios e deveres de que eles nem mesmo suspeitam que se encontrem na Bíblia serão expostos diante dos seguidores de Cristo. PC 110.5.
Como se verá no decorrer deste livro, novos deveres e privilégios na Bíblia tem sido descobertos. Tais deveres e privilégios fazem parte dos mandamentos exigidos por Deus! Aqui vemos a extrema importância de que tais temas venham a luz, visto que a característica dos crentes fiéis dos últimos dias é: guardam os mandamentos de Deus e possuem a fé de Jesus (Ap 14:12). Jesus, vindo como homem, foi completamente obediente a TODA a Lei – visto que nunca pecou. Se possuirmos a fé de Jesus, também faremos as mesmas obras (Jo 14:12) – em outras palavras, seremos obedientes a TODA a Lei. Aqui vemos a relação destas verdades com a luz de Mineápolis: a justiça pela fé de Waggoner e Jones nos ensina que pela confiança sincera na obra de Cristo Jesus por nós hoje, recebemos imediato poder para ser obedientes a todos os reclamos de Jeová. Seremos como Jesus; diremos como Jesus: ”tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e no Seu amor permaneço” (Jo 15:10). Não guardaremos apenas metade dos mandamentos. Não, guardaremos toda a Lei.
Ele morreu para que pudéssemos ter “remissão dos pecados dantes cometidos” e obter graça e ajuda para que possamos guardar os mandamentos do Senhor nosso Deus. A fé em Jesus não anula a lei, mas a estabelece e produzirá os frutos da obediência em nossa vida. A fé em Cristo significa que você deve fazer tudo o que ele ordena; significa que você deve seguir seus passos. “Aquele que diz que permanece nele, também deve andar como ele andou.” “Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele.” A igreja que Cristo apresenta diante do trono de sua glória é sem “mancha, nem ruga, nem coisa semelhante”. Você quer estar entre aqueles que lavaram suas vestes de caráter no sangue do Cordeiro? então, “cesse de fazer o mal; aprender a fazer bem;” anda irrepreensivelmente nos mandamentos e nas ordenanças do teu Deus. Você não deve perguntar se é conveniente para sua conveniência manter a verdade do Céu. Você deve tomar sua cruz e seguir a Jesus, custe o que custar. Você descobrirá que seu “jugo é suave e seu fardo é leve”. RH 31 de janeiro de 1888.
No contexto de Mineápolis, Ellen White enfatizara o que agora está ocorrendo:
Deus dará mais luz, e velhas verdades serão recuperadas e postas na moldurada verdade; e onde quer que forem os obreiros hão de triunfar. Como embaixadores de Cristo, cumpre-lhes pesquisar as Escrituras, procurar as verdades ocultas sob o pó do erro. E todo raio de luz recebido deve ser comunicado aos outros. Um interesse predominará, um assunto absorverá todos os outros – Cristo, Justiça nossa. Materiais de 1888 2, 419.
Os novos deveres e privilégios que aqui serão expostos, longe de desconsiderar a Justiça pela Fé, na verdade contribuirão para que esta preciosa mensagem resplandeça com mais luz! ”Velhas verdades” recuperadas e postas na moldura da verdade, apenas nos aproximam de Deus e nos permite conhecer mais da santidade, pureza, justiça e amor de Cristo!
Será importante conhecer a Deus como Ele se permite conhecer?
Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa vida será de contínua obediência. DTN 472.5.
E aqueles que rejeitam as novas verdades referente a abrangência dos mandamentos exigidos por Deus hoje, conforme indicada no presente livro, mostram que não receberam a Justiça pela Fé em verdade:
Em cada época há novo desenvolvimento da verdade, uma mensagem de Deus para essa geração. As velhas verdades são todas essenciais; a nova verdade não é independente da antiga, mas um desdobramento dela. Só compreendendo as velhas verdades é que podemos entender as novas. (…) Mas a luz que brilha na nova ampliação da verdade, é que glorifica a velha. O homem que rejeita ou despreza a nova, não possui realmente a velha. Para ele perde seu poder vital e torna-se forma inanimada. PJ 62.3
Cristo resplandece a glória do Pai; a Lei, em todos os seus reclamos, resplandece a glória de Jesus. Não venhamos separar o que em Deus é unido! Enfatizar os mandamentos de Deus em sua plenitude, é o mesmo que exaltar a Cristo, pois Ele não somente é a máxima expressão da Norma, como também é o poder para obedecê-la completamente!
Um tema central deste livro, que é uma velha verdade que tem sido colocada em novas molduras, é a parte da Lei concedida ao povo de Israel juntamente com os dez mandamentos, chamada de Estatutos e Juízos – os quais, como veremos, permanecem em vigor e possui muitas exigências divinas desconhecidas para nós hoje. Como Cristo se revela para nós nessas porções de preceitos do Antigo Testamento! Quando colocadas sob a luz do Evangelho Eterno, os raios do Sol da Justiça (Ml 4:2) brilharão mais forte em nossos corações! Sejamos cautelosos para não rejeitar benditos desdobramentos da verdade…
Aquele que do Sinai proclamou a lei e entregou a Moisés os preceitos da lei ritual, é o mesmo que proferiu o sermão do monte. Os grandes princípios de amor a Deus, que estabeleceu como fundamento da lei e dos profetas, são apenas uma repetição do que Ele dissera por meio de Moisés ao povo hebreu: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder”. Deuteronômio 6:4, 5. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Levítico 19:18. O ensinador é o mesmo em ambas as dispensações. As reivindicações de Deus são as mesmas. Os mesmos são os princípios de Seu governo. Pois tudo procede dAquele “em quem não há mudança nem sombra de variação”. Tiago 1:17. PP 268.
Há homens que professam crer e ensinar as verdades do Antigo Testamento, ao passo que rejeitam o Novo. Pela recusa de aceitar os ensinos de Cristo mostram que tampouco creem o que disseram os patriarcas e profetas. (…) Pelo que não há poder real em seus ensinos, mesmo do Antigo Testamento. Muitos que pretendem crer e ensinar o evangelho, encontram-se em erro idêntico. Rejeitam as Escrituras do Antigo Testamento, das quais Cristo declarou: ”São elas que de Mim testificam.” João 5:39. Rejeitando o Antigo, rejeitam efetivamente o Novo, pois ambos são parte de um todo inseparável. Ninguém pode apresentar corretamente a lei de Deus sem o evangelho, ou o evangelho sem a lei. A lei é o evangelho consubstanciado, e o evangelho é a lei desdobrada. A lei é a raiz, o evangelho são a fragrante flor e frutos que produz. O Antigo Testamento projeta luz sobre o Novo, e o Novo, sobre o Antigo. Ambos são uma revelação da glória de Deus em Cristo. Ambos apresentam verdades que revelarão continuamente ao fervoroso inquiridor, novas profundezas. PJ128.
Cristo, Cristo, Cristo! Exaltado seja em toda a Sua Palavra, e em todos os Seus mandamentos!